Ansiedade.

30 de julho de 2022

 

gif: pinterest

bem antes da pandemia eu tive uma crise de ansiedade bem forte. lembro que acordei pingando de suor, tremendo, sem ar, o coração quase saindo do corpo, sem entender o que estava vivendo. pedindo ajuda ao meu amor. pegando na mão. buscando ajuda em um momento tenso e horrível que nunca havia vivido. foi uma crise de ansiedade. coisa nova para mim.


a pandemia chegou e parece que muita coisa mudou na nossa forma de encarar a vida e as pessoas, as relações mudaram e parece que ficamos ainda mais distantes das pessoas, e estamos achando isso já normal. não é normal, nascemos para as relações e somos sociedade por conta disso, pelas RELAÇÕES. difícil quando vejo pessoas que não respeitem a opinião do outro simplesmente por ser diferente, ou que querem que a sua opinião seja a mais importante ou a única que tenha valor ou coerência. o que aconteceu com a mesa de bar que conversava sobre política tomando cerveja e rindo? o que aconteceu com os amigos que conseguiam ter opiniões e argumentos diferentes e conseguiam conversar sem terem que ficar com raiva um do outro.

 

acho que as redes sociais também possuem grande parcela dessa culpa que carregamos. não só elas, o desejo de saber tudo e fazer tudo sempre. o sentimento de que tem horas faltando nesse dia, 24 horas não dá! estamos ficando doentes por isso. eu estou. o meu cardiologista disse que eu preciso desligar, eu preciso me desconectar, desacelerar, ou vai chegar o dia em que a chaga vai virar e eu não vou mais conseguir sem droga, sem remédio. eu não quero isso. não sou máquina, sou gente. 


não sou máquina. sou gente.

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