é muito ruim ver o fim chegar.

9 de agosto de 2022


fonte: https://pin.it/4P0hcYs

Minha mestra na educação, que me ensinou demais sobre como me colocar em sala com autoridade e também como ser gestora, está bem doente. Bem doente mesmo. Eu me pego muito triste às vezes pois é mais uma pessoa boa se perdendo nessa doença horrível que é o CA. Eu tento ajudá-la de todas as formas possíveis, e uma delas é fazer com que ela se sinta parte importante do nosso dia a dia e o que ela realmente é. Resolver coisas que ela pode e faz muito bem, como falar com alguns pais, dar aquele bronca na turma, falar na reunião. Ela é a pessoa que posso dizer que me ensinou quase tudo o que sei sobre como ter a confiança da equipe e ser uma boa coordenadora pedagógica. Ela está me ensinando para ficar em seu lugar, fazer como ela mas do meu jeito. Isso é lindo mas ao mesmo tempo assustador. Tô achando que essa thread é mais papo para o meu bloguinho do que para o Twitter, mas que fique registrado: eu a amo muito e cada vez que vejo que já já não vou tê-la por perto… acaba comigo.


foi isso que postei essa semana no twitter. estou em casa mais uma vez com o resultado de covid-19 positivo, mais uma vez. estou bem, sintomas muito leves, mas transmitindo. logo, tenho que ficar em casa e evitar contato com todos e todas no mundo. arrumei minha pesquisa para qualificar e já enviei para a banca, dia 29 de agosto eu vou me sentar para escutar o que preciso ou não mudar na pesquisa e como devo continar com tudo. to aproveitando esses dias em casa para organizar isso, fazer meu projeto de doutorado (não contei pra muita gente sobre isso, então se você está lendo o meu blog, meus parabéns pois você é um privilegiado). fiquei feliz com o áudio que recebi da minha orientadora sobre tudo isso, o que me deu um alívio. 


minha amiga, lucienne, antes de ser coordenadora e mestra em tudo, é minha amiga. está mal, e mesmo assim é fortaleza. mesmo assim  ela me apoia na minha caminhada, ela vai trabalhar mesmo com dor, ela vai trabalhar mesmo sabendo que esse esforço pode piorar ainda mais a sua situação. é uma força que nunca vi, talvez só em mainha... é força de mulher que já passou por muita coisa pra ser o que é hoje em dia. e eu acho que eu preciso fazer tudo o que puder para fazer com o que o tempo que ela ainda tem, seja mais fácil, mais leve. eu devo isso a ela. 


a verdade é que estou com medo. eu vou conversar tudo isso na minha sessão de análise também mas já entendi que escrever me ajuda demais. eu compreo um caderno para servir de diário. eu escrevi poucas vezes pois escrever de verdade demanda uma força maior do que digitar, são as modernidades da vida que muitas vezes mudam a forma com que lidamos com certas coisas. mas aqui no blog também é o meu diário, um diário mais exporto, lógico. mas ainda assim escrever aqui me ajuda a seguir em frente com força. 


eu preciso seguir em frente por ela, pela tia lu, minha amiga querida. ser forte por ela. 

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